Campanha alemã quer reaproximar católicos e protestantes

Figuras públicas pedem a “unidade da Igreja”

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Figuras conhecidas da Alemanha, nas áreas de política, cultura, esporte e entretenimento, apresentaram uma declaração em Berlim, fazendo um “apelo urgente” pela unidade entre as igrejas católica e protestante.
“Hoje, o cisma da igreja não é desejado nem justificado politicamente”, afirma o comunicado intitulado “O ecumenismo agora – um só Deus, uma só fé, uma só Igreja”. ”Será que fatores teológicos, hábitos e tradições eclesiásticas institucionais e culturais sustentam o cisma entre as igrejas? Não pensamos assim.”
A declaração pedindo o fim da ruptura de quase 500 anos entre as igrejas foi assinada por políticos, incluindo o chefe do parlamento alemão Norbert Lammert, o ministro da Defesa, Thomas de Maizière, e o chefe do Partido Social Democrata, Frank-Walter Steinmeier.
Entre os 23 signatários (católicos e protestantes) estão o apresentador de TV Guenther Jauch, o chefe da Federação Alemã de Esportes Olímpicos, Thomas Bach, e o escritor Arnold Stadler, bem como artistas e acadêmicos.
A declaração lembra que tanto o Concílio Vaticano II, que completará 50 anos no próximo mês e a Reforma, que comemorará seu 500 º aniversário em 2017, tiveram um grande impacto na sociedade mundial. Algo que continua a ser sentido nas diferentes denominações. A iniciativa pede que os membros leigos das igrejas que tenham um papel ativo, vendo estes aniversários como uma oportunidade de mudança.
“Não podemos e não devemos permitir que o problema da unidade da Igreja continue até que os líderes da igreja cheguem a um entendimento sobre a Sagrada Comunhão e administração”, disse o comunicado. ”Não podemos estar satisfeitos em simplesmente ver as igrejas reconhecendo umas às outras.”
A questão da Sagrada Comunhão interdenominacional é um tema polêmico  na Alemanha, que contabiliza cerca de 50 milhões de cristãos, divididos quase igualmente entre católicos e protestantes. É comum casamentos entre pessoas que professam outro tipo de fé. Membros de ambas as denominações têm apelado repetidamente para que as regras eclesiásticas sejam relaxadas para que os católicos e protestantes possam celebrar a Sagrada Comunhão juntos.
Em um comunicado respondendo ao documento “Ecumenismo Agora”, o arcebispo Robert Zollitsch, presidente da Conferência Episcopal Católica Alemã, acredita que essa questão é como “uma ferida que continua aparecendo, e que destaca a falta de entendimento comum na fé “.
“A iniciativa do documento “Ecumenismo Agora” teve uma recepção muito positiva”, acredita Thies Gundlach, vice-presidente da Igreja Protestante na Alemanha. “É um esforço para ver o futuro do ecumenismo não só como responsabilidade dos líderes da igreja, mas também lembrar que a unidade é responsabilidade de todos os cristãos. Somos gratos por ver que os cristãos evangélicas e católicos alemães hoje estão mais unidos que nunca”.
Mas é importante, disse ele, não apagar seus próprios entendimentos teológicos básicos.  “No início do século 16, os reformadores desenvolveram uma visão diferente da igreja… é importante avançarmos com o máximo de velocidade possível sobre as questões ecumênicas, mas também ter paciência”, concluiu Gundlach.
O teólogo Luiz Carlos Fernandes, consultor do Gospel Prime, entende que isso tudo é parte de um processo escatológico irreversível. Ele faz a seguinte análise:
“A profecia bíblica sobre os últimos dias será cumprida. A história se repete. Assim como nos dias de Carlos Magno, a Alemanha está construindo o mesmo tipo de império que os papas governaram na Idade Média quando a igreja fugiu para o deserto. A Alemanha, por meio de seu secreto Grupo de Berlim, já está planejando ressuscitar uma ditadura novamente com uma única pessoa no comando de toda a Europa, que receberá grande poder e autoridade, mas que também terá forte fidelidade ao papa.
Angela Merkel é muito forte hoje em dia porque apoia o papado, e o papado a apoia. Qualquer líder alemão em sua posição como chanceler, e que trabalhe tão avidamente para unir a Europa sob o modelo de Carlos Magno, teria forte apoio papal.
A União Europeia é uma fronte que cobre as ambições alemãs, pois a Alemanha detém o controle da União Europeia. E, assim como Carlos Magno teve que passar por um mar de sangue a fim de se estabelecer como regente da Europa e estabelecer a religião católico-romana como a fé da Europa, assim também em um futuro próximo, aguardem, pois haverá mais derramamento de sangue para restaurar o Sacro Império Romano que só existe para ressuscitar a religião de Roma no império”.

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