Terry Jones e sete cristãos são julgados no Egipto por filme anti-Islão

Nenhum dos acusados estavam presentes na audiência que acabou adiando a decisão para o dia 25 de novembro.

Terry Jones e sete cristãos são julgados no Egito por filme anti-islãTerry Jones e sete cristãos são julgados no Egipto por filme anti-islã
No último domingo (21) o Tribunal Penal do Cairo iniciou a audiência que irá julgar sete cristãos coptas e o pastor americano Terry Jones pela acusação de terem participação na produção de um filme anti-Islão, longa que gerou grande revolta em 30 países de maioria muçulmana.
No filme “A Inocência dos Muçulmanos” a religião oficial da maioria dos países do Oriente Médio foi retratada como uma religião de ódio e o profeta Maomé foi caracterizado, fazendo com que dezenas protestos acontecessem. Em um deles um embaixador dos Estados Unidos foi morto.
Durante a sessão, a promotoria afirmou que o filme usou a religião para difundir ideias extremistas com o objetivo de incitar o ódio religioso, insultar o Islão e prejudicar a unidade nacional e da paz social.
Nenhum dos acusados estava presente no julgamento que acabou sendo adiado para o dia 25 de novembro.
Relembre o caso
Em setembro a divulgação do filme intitulado de “Innocence of Muslims” (“A inocência dos muçulmanos”) pela internet fez com que a sociedade islâmica protestasse contra americanos, já que o filme foi produzido nos Estados Unidos.
O governo americano chegou a criticar o longa e advertir o pastor Terry Jones que transmitiu trecho do filme durante um culto, para ressaltar a culpa do islamismo nos atentados de 11 de setembro.
Mas as declarações do governo não impediram que os protestos continuassem, durante semanas se ouviu falar sobre atentados contra embaixadas americanas. Na Líbia o embaixador J. Christopher Stevens foi morto pelos manifestantes que também mataram outros três funcionários do Consulado.
Ao saber que a produção do longa contou com a participação de sete cristãos coptas, o Egipto incluiu o nome dessas pessoas na lista de procurados e logo acrescentou o nome do pastor Terry Jones ao grupo. O líder religioso é desafeto dos muçulmanos por ter queimado um exemplar do Corão durante um culto, declarando que o Islão é o grande culpado pelas mortes causadas com a queda das Torres Gêmeas de Nova Iorque. As informações são da Folha de SP.

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