Acusações contra D. Carlos Azevedo não espantam bispo das Forças Armadas

Em declarações à TSF, D. Januário Torgal Ferreira disse que já há muito ouviu acusações de que D. Carlos Azevedo «tinha tido um comportamento homossexual».
D. Januário Torgal Ferreira

O bispo das Forças Armadas não se mostrou surpreendido com as notícias que envolvem D. Carlos Azevedo num caso de assédio sexual e que foi avançada pela revista Visão.
Em declarações à TSF, D. Januário Torgal Ferreira lembrou que «é indiscutível que em determinadas zonas da nossa sociedade havia comentários dessa ordem».
«Chegamos agora a uma altura em que em hasta pública é feita uma acusação desse tom», acrescentou este bispo, que diz «não poder diluir a liberdade de expressão» e que «não tem elementos que isso não é verdade».
D. Januário Torgal Ferreira disse ter ouvido que o antigo bispo auxiliar de Lisboa «tinha tido um comportamento homossexual», uma acusação da qual tem conhecimento desde 2007.

D. Carlos Azevedo nega acusações de assédio sexual

Reagindo a acusações de assédio sexual dirigidas contra si, o bispo disse que «remexer em assuntos de há 30 anos que não ofenderam a moral pública não serve de modo ético a informação».
O padre José Nuno Ferreira da Silva, autor da denúncia de assédio sexual, não presta declarações sobre o caso. O silêncio foi confirmado à TSF através do gabinete de comunicação do hospital de S. João, onde é capelão.
Ontem, D. Carlos Azevedo «negou totalmente» as acusações de assédio sexual que foram dirigidas contra si e lamenta que se tenha «remexido» em assuntos que têm três décadas.
Em declarações à SIC, o antigo bispo auxiliar de Lisboa considerou que «remexer em assuntos de há 30 anos que não ofenderam a moral pública não serve de modo ético a informação, mas visa meramente o sensacionalismo para destruir pessoas».
«Atos da vida privada que não atentam contra a dignidade de outros não são objeto de tratamento assim. As pessoas que acolhi, que me procuraram, feridas na sua história e que eu entendia não as excluo do meu amor e da minha dedicação se me contactam», acrescentou.
D. Carlos Azevedo confirmou ainda que a nunciatura apostólica nunca o contactou sobre este processo e nunca o chamou a depor sobre qualquer processo, tendo também negado a existência de qualquer repreensão contra si.

Fontes: TSF

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