Mosteiro de Santo Tirso candidato a Património da Humanidade


A Câmara Municipal de Santo Tirso apresentou hoje a intenção de candidatar o mosteiro local a Património da Humanidade, tendo em vista «via a conquistar outros investimentos comunitários».
«Este é um grande momento para Santo Tirso e o resultado de muito trabalho. O Monumento da Santo Tirso é uma referência nacional que desejamos que passe a ser de referência mundial», referiu, em conferência de imprensa, o presidente da autarquia tirsense, Castro Fernandes.
O autarca lembrou que o Mosteiro de Santo Tirso, de características beneditinas, foi classificado, em 1910, como "Monumento Nacional", tendo "uma antiguidade anterior à nacionalidade com data de 978.
Em caso de aceitação desta candidatura, disse Castro Fernandes, Santo Tirso terá um monumento que poderá ser «incluído em roteiros turísticos importantes para a economia do Norte de Portugal», dada a proximidade com o Douro Vinhateiro e com os centros históricos de Guimarães e Porto, também estes considerados Património Mundial pela UNESCO.
Questionado sobre se a candidatura - que a comissão formada em abril de 2012 iniciou e pretende entregar em setembro - obrigará a algum esforço económico suplementar, Castro Fernandes garantiu que «não está prevista qualquer obra», mas reforçou a ideia de que a eventual aceitação por parte da UNESCO poderá trazer «benefícios» a Santo Tirso, no âmbito dos quatros comunitários de apoio de 2014/2020.
«No futuro as vantagens poderão ser muitas. Como a maior abertura a fundos comunitários. Sem esquecermos que a cultura tem um papel fulcral na economia das cidades», disse Castro Fernandes.
É convicção da autarquia tirsense de que o processo de aprovação, ou não, do Mosteiro de Santo Tirso como Património Mundial da Humanidade, por parte da UNESCO demorará cerca de dois a cinco anos.
O primeiro passo será dado com a entrega de um dossiê ao Comité Nacional desta entidade, e a este organismo cabe apresentar candidaturas portuguesas - regra geral, cada país apresenta no máximo duas candidaturas por ano - ao Comité Internacional da UNESCO.
«Há várias candidaturas portuguesas em apreciação e em lista de espera na Comissão Nacional, mas estamos confiantes. Será o reforço da identidade tirsense. Este é um processo que deve superar questões partidárias e quezílias sociais e culturais, unindo a população. Vamos apostar na afirmação da imagem de Santo Tirso no país e no mundo com mais captação de turismo e com uma gestão integrada e valorizada do Mosteiro», defendeu o presidente da Câmara Municipal.

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